- Amostra: Sangue
- Preparo: Jejum 8 horas
Um dos marcadores do processo de respiração celular. A dosagem deste ácido no sangue é útil no diagnóstico de acidose láctica.
Um dos marcadores do processo de respiração celular. A dosagem deste ácido no sangue é útil no diagnóstico de acidose láctica.
Produto final do metabolismo das purinas, estando elevado em várias
situações clínicas além da gota. Somente 10% dos pacientes com
hiperuricemia tem gota. Níveis elevados também são encontrados na
insuficiência renal, etilismo, cetoacidose diabética, psoríase,
pré-eclampsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós-quimioterapia e
radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina, aspirina (doses baixas),
didanosina, diuréticos, beta-bloqueadores, dente outras drogas.
Diminuição dos níveis e encontrada na dieta pobre em purinas, defeitos
dos tríbulos renais, porfiria, uso de tetraciclina, alopurinol,
aspirina, corticoides, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil,
intoxicação por metais pesados e no aumento do clearance renal.
A albumina possui várias funções fisiológicas:
-manutenção da pressão oncótica do plasma;
-transporte de:
.cátions: cálcio;
.pigmentos: bilirrubina;
.alguns hormônios: aldosterona e cortisol;
-liga-se a uma grande variedade de drogas, como penicilina, digoxina, barbitúricos, entre outras;
-reserva estratégica de aminoácidos.
Ela é sintetizada pelo fígado, auxiliando como um marcador da função de
síntese deste órgão, com a limitação de ter meia-vida em torno de 20
dias; isso a torna insensível para a avaliação de distúrbios agudos.
Encontra-se, também também, diminuída na síndrome nefrótica e nas
doenças inflamatórias intestinais perderosa de proteínas, como as de
Crohn e Whipple.
Presente em células musculares esqueléticas, mas é encontrada também no
coração, fígado, cérebro, pulmões, rins, intestino delgado, eritrócitos e
plaquetas. A determinação da atividade é realizada no soro com a
finalidade de diagnosticar e/ou monitorar a evolução de doenças do
músculo esquelético, como distrofia muscular progressiva de Duchenne,
polimiosite e dermatomiosite. O exercício físico tende a aumentar a
aldolase sérica. O aumento da atividade pode ocorrer em hepatopatias,
pancreatite, neoplasias, infarto agudo do miocárdio e delirium tremens.
Quando determinada, pode auxiliar no diagnóstico diferencial entre
hematúria, hemoglobinúria e mioglobinúria, por estar elevada nesta
última condição.
Adultos podem desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica. Como
proteína de fase aguda, aumenta não especificamente em resposta aos
processos inflamatórios e infecciosos, como artrite reumatoide,
infecções bacterianas, vasculites e neoplasias. A concentração sérica
encontra-se elevada durante a gravidez e em mulheres que usam
anovulatórios orais.
É uma proteína de fase aguda positiva, ou seja, a concentração sérica
eleva-se em resposta a qualquer processo traumático, inflamatório ou
infeccioso. É de síntese hepática, e está diminuída nas hepatopatias
graves, nas doenças intestinais perdedoras de proteínas.
Resultante de duas isoenzimas denominadas tipo P e tipo S, de origem
pancreática e salivar, respectivamente. Essa enzima possui ação
fisiológica no extracelular, na luz do intestino delgado e na cavidade
bucal. Quando ocorre lesão de alguma glândula salivar ou do pâncreas, a
enzima extravasa para a circulação.
A determinação da atividade da amilase é útil no diagnóstico diferencial
das causas de abdome agudo, especialmente na pancreatite aguda.
Além da pancreatite aguda, outros processos patológicos podem aumentar a
atividade da amilase no soro, como trauma abdominal, neoplasia ou
infarto do pâncreas, cetoacidose diabética, obstrução intestinal e
doenças da glândula salivar.
TGO(AST) é também encontrada no músculo esquelético, rins, cérebro,
pulmões, pâncreas, baço e leucócitos. Valores elevados ocorrem na
ingestão alcoólica, cirrose, deficiência de piridoxina, hepatites
virais, hemocromatoses, colecistite, colestase, anemias hemolíticas,
hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca,
doenças musculoesqueléticas, nas esteatoses e hepatites não alcoólicas.
Na hepatite alcoólicas os valores de TGO são, em geral, inferiores a 250
U/L, sendo, entretanto, superiores às elevações da TGO. Várias drogas e
hemólise da amostra podem causar aumento espúrio da TGO.
A transaminase TGP(ALT) se localiza principalmente no fígado. A TGP é
mais sensível que a TGO na detecção de injúria do hepatócito. Valores
elevados são encontrados no etilismo, hepatites virais, hepatites não
alcoólicas, cirrose, colestase, hemocromatose, anemias hemolíticas,
hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca,
doenças musculoesqueléticas, doença de Wilson e na deficiência de
alfa-1-tripsina. Níveis de TGP são superiores a TGO nas hepatites e
esteatoses não alcoólicas.
Avalia a quantidade deste marcador tumoral no sangue. O antígeno CA-125 é uma proteína presente na maioria das células do câncer de ovário, e por isso é comumente usado durante e após o tratamento.
É uma proteína de alto peso molecular, expressa por células do cardinoma
da mama. Até recentemente, o único marcador utilizado para o
acompanhamento do câncer de mama era o antígeno carniembriônico (CEA),
mas atualmente admite-se que o CA 15-3 seja mais sensível, especialmente
em pacientes com metástases regionais ou à distância.
Assim como para outros marcadores tumorais, o CA 15-3 não é especifico
do câncer da mama, e pode estar elevado em doenças hepáticas e em
tumores de outros órgãos (ovário, pulmões, pâncreas). Portanto, sua
determinação não é válida para triagem, sendo utilizado na monitoração
do tratamento e acompanhemtno das pacientes, com o propósito de
facilitar a detecção precoce de recidivas.
Útil para o diagnóstico e acompanhamento de distúrbios do metabolismo de
cálcio e fósforo, entre os quais incluem-se doenças ósseas, renais e
neoplásicas. Valores elevados são encontrados no hiperparatireoidismo
primário e terciário, em neoplasias com envolvimento ósseo, em
particular tumores de mama, pulmões e rins, e no mieloma múltiplo.
Alguns tumores podem causar hipercalcemia sem envolvimento ósseo, por
produzirem substâncias semelhantes ao paratormônio. É possível encontrar
hipercalcemia também na tirotoxicose, na acromegalia, na intoxicação
por vitamina D, no excesso de antiácidos e na fase diurética de necrose
tubular aguda. A administração crônica de diuréticos, de vitamina D e de
antiácidos pode aumentar a calcemia. Hipocalcemia é observada no
hipoparatireoidismo primário ou pós-cirúrgico, no
pseudo-hipoparatireoidismo, na deficiência de vitamina D, na
insuficiência renal crônica, na pancreatite aguda, na hipofisária, na
acidose crônica e na hipoalbuminemia. Corticosteroides e o uso contínuo
de diuréticos e insulina podem reduzir os níveis de cálcio sérico.
É a fração de cálcio fisiologicamente ativo. A concentração sérica do
cálcio iônico é independente dos níveis protéicos, mas bastante
influenciada pelo equilíbrio ácido-básico. Valores elevados são
encontrados no hiperparatireoidismo primário e terciário, em neoplasias
com envolvimento ósseo, em particular tumores de mama, pulmões e rins,
no mieloma múltiplo e no excesso de vitamina D. Valores menores são
encontrados no hipoparatireoidismo primário ou pós-cirúrgico, no
pseudo-hipoparatireoidismo e na deficiência de vitamina D.
A dosagem de ceruloplasmina sérica é útil no diagnóstico da doença de
Wilson e no acompanhamento de algumas neoplasias hematológicas. É uma
proteína de fase aguda positiva, ou seja, sua concentração sérica
eleva-se em resposta a qualquer agressão inflamatória, infecciosa ou
traumática. Portanto, aumenta na artrite reumatóide, no lúpus
eritematoso sistêmico, na necrose tubular, no infarto agudo do
miocárdio, após cirurgias extensas e no linfoma de Hodgkin.
É importante para avaliar distúrbios dos equilíbrios hidro eletrolítico e
ácido-básico. A dosagem do cloro sérico apresenta-se elevada nas
desidratações hipertônicas, em algumas acidoses tubulares renais, nas
diarreias com grande perda de bicarbonato, na intoxicação por
salicilatos e no hiperparatireoidismo primário. Entretanto, estará
reduzida no paciente com vômitos prolongados, na nefrite com perda de
sal, na acidose metabólica, na insuficiência supra-renal, na secreção
inadequada do hormônio antidiurético ou quando é realizada aspiração de
grandes volumes de secreção gástrica.
Útil para o diagnóstico da doença de Wilson, na qual os níveis desse
metal são baixos, e para o acompanhamento de pacientes com neoplasias
hematológicas, nos quais os níveis encontram-se elevados. Concentração
baixa de cobre pode ser encontrada, também, no espru e na síndrome
nefrótica, enquanto níveis aumentados são encontrados, ainda, na cirrose
biliar, na hemocromatose, nas anemias megaloblásticas ou aplásticas, na
talassemia major ou minor, na espondilite anquilosante, na artrite
reumatoide e no lúpus eritematoso disseminado.
Comum a duas enzimas: Acetilcolinesterase ou colinesterase verdadeira, presente em eritrócitos, tecido nervoso, músculo esquelético e placenta; Pseudocolinesterase, sintetizada pelo fígado e encontrada no plasma.
A determinação da atividade destas enzimas é viável em duas situações
específicas: como indicadora de exposição a compostos organofosforados e
carbamatos e na identificação de variantes anormais.
O indivíduo exposto a compostos organofosforados apresenta significativa
redução da atividade plasmática da pseudocolinesterase e inibição da
colinesterase eritrocitária. Atividade tão baixa quanto 10% da inicial
pode ser observada em pacientes expostos a baixas concentrações de
pesticidas por longos períodos de tempo. Esta determinação deve fazer
parte do exame periódico de trabalhadores em indústria de pesticidas.
Enzima predominantemente muscular, mas possui uma isoenzima com origem no tecido cerebral.
São moléculas que se agregam e precipitam quando expostas a temperaturas
abaixo de 37°C; este fenômeno pode ocorrer in vivo e in vitro. São
moléculas extremamente heterogêneas que têm sido classificadas em tipos
bioquímicos I, II e III.
Tipo I: tem como característica a presença de componente monoclonal, e é
encontrado em pacientes com doença linfo proliferativa de linfócitos-B,
incluindo mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenström, linfomas e
leucemias.
Tipo II: apresenta, como característica, a presença de um componente
poli clonal IgG ou IgA e um monoclonal, usualmente da classe IgM, com
atividade de fator reumatoide. É denominado, muitas vezes, crioglobulina
mista essencial, mas este termo é controverso, uma vez que hoje sabe-se
que ele associa-se com hepatite C e com algumas doenças
linfo proliferativas.
Tipo III: apresenta, como característica, a presença de componente
poli clonal, e é encontrado, principalmente, em pacientes com doenças
reumáticas auto-imunes, mas também naqueles com doenças infecciosas
agudas e crônicas.
Além da hemoglobina, outras proteínas também podem ser glicadas em
quantidades anormais em decorrência da manutenção de níveis glicêmicos
elevados, formando compostos denominados ceto aminas ou frutosaminas. Das
proteínas plasmáticas, a albumina é a que se encontra em maior
concentração, e por essa razão, é o maior componente das frutosaminas.
Como esta proteína possui meia-vida em torno de 28 dias, a dosagem da
frutosamina permite avaliar os níveis glicêmicos médios das últimas 2 a 3
semanas.
Quantidade de açúcar (glicose) no sangue. As medições deste parâmetro
são importantes na detecção e prevenção da hiperglicemia (níveis
excessivos de açúcar no sangue) e da hipoglicemia (níveis de açúcar no
sangue abaixo do normal).
A Diabetes milus é uma doença metabólica, caracterizada pelo excesso de
açúcar no sangue. Este excesso pode dever-se ao fato do organismo não
produzir ou não ser capaz de utilizar a insulina. A insulina é a hormona
responsável pela conversão do açúcar na energia necessária à vida. A
insulina reduz a glicemia ao promover a passagem da glicose do sangue
para o interior das células. Medições periódicas dos níveis de Glicemia
permitem detectar precocemente esta doença, evitando assim todas as
complicações a ela associadas. O excesso de açúcar no sangue causa danos
e mesmo lesões em órgãos como a visão, os rins, as fibras nervosas, o
caração e os vasos sanguíneos.
Os sintomas de hiperglicemia mais comuns são: sede, urinar em excesso,
cansaço. Um estado de hipoglicemia dá sintomas como suores, fome,
tremores, ansiedade.
A dosagem de glicose urinária em amostras fracionadas é útil no acompanhamento de pacientes diabéticos.
Proteína plasmática responsável pelo transporte da hemoglobina liberada
pela destruição periférica das hemácias, levando-a para o sistema
monocítico-fagocitário, onde é retirada de circulação. Desta forma, a
concentração sérica de haptoglobina é um indicador sensível de episódios
de hemólise, especialmente a intravascular. concentrações reduzidas são
vistas nas anemias megaloblásticas que cursam com um componente
hemolítico importante. Reduções podem ser observadas também em
hematomas, hemorragia tecidual e hepatopatias. Ausência congênita é
rara. Frequentemente, está elevada em processos inflamatórios, de
destruição tecidual e em neoplasias. Em tumores renais, pode atingir
níveis muito elevados.
Também denominada dosagem de hemoglobina A-1c, HbA1, glicohemoglobina e HbA1 estável,m é útil no acompanhamento e controle do paciente diabético, uma vez que permite a avaliação da glicemia média dos últimos 2 a 3 meses.
Causada por um vírus do tipo RNA, transmitido de forma fecal-oral. É
endêmica no Brasil e está diretamente relacionada às condições
socioeconômicas e de saneamento básico. Em regiões em que essas
condições são mais precárias, a doença ocorre em crianças de 2 a 6 anos.
Em países mais desenvolvidos, acomete o adulto jovem. A transmissão
ocorre por meio de água ou alimentos contaminados ou de pessoa a pessoa,
em creches, escolas e ambientes confinados.
O vírus A (HAV) permanece em circulação por cerca de 10 dias e é
eliminado pelas fezes já na fase pro dômica da doença, por
aproximadamente 1 a 2 semanas após o aparecimento da icterícia. O
período de incubação é de 15 a 45 dias (em média 28 dias). A hepatite A
é, via de regra, benigna, mas casos fatais podem ocorrer raramente.
Formas celostática e recorrente podem ser vistas em adultos, mas também
são de evolução benigna.
Causada por um vírus do tipo DNA, de transmissão preferencialmente
parenteral. A infecção pelo vírus B (HBV) tem distribuição universal,
sendo que a prevalência de portadores crônicos no Brasil varia de baixa
(nas regiões sul e sudeste), com menos de 1% de portadores crônicos, a
alta (na Amazônia Ocidental), com mais de 10% de portadores. A
transmissão é feita por via parenteral (sangue e derivados), sexual e
vertical (mães portadoras, no momento do parto). O período de incubação é
de 60 a 180 dias.
A hepatite B, em geral, ocorre de forma benigna, mas em 5 a 10
% dos casos pode evoluir para a cronicidade, com persistência do vírus
por período superior a 6 meses. Casos fatais ocorrem raramente.
O diagnóstico da infecção aguda é feito por meio da identificação, no
soro, do antígeno (HBsAg) e/ou do anticorpo anti-HBc da classe IgM. O
HBsAg encontra-se positivo já no período de incubação, cerca de 2
semanas antes do aparecimento de icterícia. O anti-HBc da classe IgM
torna-se positivo no início do quadro clínico e persiste por cerca de 4 a
6 meses.
A presença do antígeno “e” (HBeAg) representa infectividade. Na fase
aguda da doença, quando este antígeno torna-se negativo por ser
neutralizado pelo anticorpo correspondente (anti-HBe), é sinal de bom
prognóstico e de não-evolução para cronicidade.
O diagnóstico de cura da doença e desenvolvimento de imunidade é feito
quando ocorre o desaparecimento do HBsAg, a presença de anti-HBc da
classe IgG e o surgimento de anticorpos anti-HBs.
Pacientes que evoluem para formas crônicas de infecção persistem com
HBsAg positivo por período superior a 6 meses. A infecção é
particularmente comum em crianças nascidas de mães portadoras, e nesta
fase tende a evoluir para cronicidade em mais de 70% dos casos.
Na infecção crônica, além da presença do HBsAg, deve-se proceder à
determinação dos sistema “e”, para avaliar se há replicação viral.
Pacientes com HBsAg e antígeno “e” (HBeAg) positivos têm replicação vral
e são, portanto, infectantes. Por outro lado, um perfil sorlógico com
positividade para o HBsAg e anticorpo anti-HBe indica, na maioria das
vezes, ausência de replicação viral e um estado de portador
assintomático. Exceção é feita a despeito da presença do anti-HBe.
Nestes casos, torna-se um bom marcados de replicação a presença de
títulos elevados (>100.000 cópias/mL) de HBV-DNA no soro.
A avaliação do desenvolvimento de imunidade após a vacinação contra
hepatite B é feita pela determinação quqantitativa de anticorpos
anti-HBs, níveis superiores a 10 UI/L são considerados compatíveis com
imunidade à doença.
O vírus da hepatite C (HCV) é do tipo RNA. A transmissão ocorre por via
parenteral, sendo as vias sexual e vertical (materno-fetal) pouco
importantes. Em cerca de 50% dos casos de hepatite C, porém, não se
identifica o antecedente de risco parenteral, considerando-se, portanto,
casos de natureza esporádica.
O periódo de incubação é de 30 a 180 dias, variando de acordo com a
carga viral infectante. A infecção pelo HCV tende à cronicidade em 85%
dos casos, e casos fatais são infrequentes.
Causada por um vírus defectivo, sem envelope e de genoma RNA. Por essa
razão, há necessidade da presença do vírus B para manter-se viável. A
infecção pelo vírus D pode ocorrer concomitantemente à da hepatite B
(co-infecção) ou em paciente já portador de hepatite B (superinfecção). A
via de transmissão é parenteral.
Tratando-se de co-infecção, além dos marcadores sorológicos da fase
aguda da hepatite B, está presente o anticorpo anti-HDV, da classe IgM. O
quadro clínico e a evolução são semelhantes ao da hepatite B e, na
maioria das vezes, o paciente se recupera.
Na superinfecção, o paciente já apresenta os marcadores da hepatite B
crônica e desenvolve quadro clínico de fase aguda de infecção pelo vírus
D, com aparecimento de antígeno D (HDVAg) e anticorpo anti-HDV da
classe IgM no início, e da classe IgG depois. Em geral, os casos de
superinfecção têm pior prognóstico e mais chance de desenvolver hepatite
fulminante, e evoluem para formas crônicas mais graves.
O vírus E é um vírus RNA e a infecção caracteriza-se, laboratorialmente,
pela presença de anticorpos dirigidos contra o vírus E, da classe IgM
na fase aguda da doença, os quais permanecem por 4 a 6 meses.
Posteriormente, apresentam-se os da classe IgG, com um perfil bastante
semelhante ao da cronicidade. Observa-se elevada ocorrência de hepatite E
fatal apenas em grávidas, quando infectadas no último trimestre de
gestação.
-IgA: A dosagem de IgA é útil no diagnóstico de deficiências congênitas
adquiridas de IgA, que representam a imunodeficiência congênita mais
comum. Níveis elevados de IgA podem ser encontrados em pacientes
portadores de mieloma múltiplo produtor de IgA.
-IgE: A IgE é uma imunoglobulina produzida, principalmente, nas mucosas
dos tratos gastrointestinal e respiratório e nos linfonodos.
Concentrações elevadas de IgE são encontradas em pacientes atópicos, que
apresentam fenômenos alérgicos, como rinite, asma, urticária e eczema
atípico. Outras causas de aumento de IgE incluem doenças parasitárias,
mieloma múltiplo produtor de IgE, síndrome de Wiskott-Aldrich, doença
celíaca e aspergilose.
-IgG:A dosagem de IgG no soro é útil para a avaliação da deficiência de
imunidade humoral congênita ou adquirida. Concentrações elevadas de IgG
podem ser observadas em pacientes com infecções crônicas, cirrose
hepática ou portadores de mieloma múltiplo.
IgM: A dosagem de IgM tem aplicação no diagnóstico da imunidade humoral.
Hormônio sintetizado e secretado por células beta presentes nas ilhotas
pancreáticas. A liberação de insulina é controlada pelos níveis de
glicemia e por estímulos nervosos e hormonais. Secreção inadequadamente
alta de insulina, como ocorre nos insulinomas, resulta em hipoglicemia.
Importante para a avaliação dos distúrbios hidro eletrolíticos. Os níveis
de magnésio sérico podem manter-se dentro dos intervalos de referência
mesmo havendo depleção do magnésio corpóreo da ordem de até 20%. O
alcoolismo crônico é uma das causas de hipomagnesemia em razão de
ingestão insuficiente associada às perdas elevadas por vômito e urina.
A presença de microalbuminúria indica lesão renal e sua concentração está intimamente relacionada com a progressão da doença.
De grande importância para a avaliação dos equilíbrios hidreletrolítico
e ácido-básico. A monitoração da calemia é útil para o acompanhamento
dos pacientes em uso frequente de diuréticos, com nefropatias,
principalmente insuficiência renal, cetoacidose diabética, manejo da
hidratação parenteral e insuficiência hepática.
A dosagem das proteínas totais e a quantificação da albumina e das
globulinas são úteis na avaliação e no acompanhamento das
hipoproteinemias, que podem ocorrer por deficiência de síntese proteica,
como visto nas hepatopatias e na desnutrição, ou por perda proteica
excessiva, como acontece na síndrome nefrótica e nas enteropatias com
perda proteica.
Importante para avaliar o equilíbrio hidrossalino. Ocorre hipernatremia
na desidratação hipertônica, no diabetes insípido e nos comas
hiperosmolares, por exemplo. A hiponatremia é observada na síndrome
nefrótica, na insuficiência cardíaca congestiva, na desidratação
hipotônica e na liberação inadequada do hormônio antidiurético, entre
outras situações.
Laboratório Hemolab - 1994 - 2023 | Todos os direitos reservados!
Site orgulhosamente desenvolvido pela Agência WEBRR